quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sócrates - A desvalorização do ensino profissional foi dos piores erros


O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou esta quarta-feira que a desvalorização do ensino profissional após o 25 de Abril de 1974 foi dos piores erros cometidos, porque prejudicou a economia e o sucesso escolar, noticia a Lusa.

José Sócrates falava no final de uma visita à nova Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, que funciona desde Setembro, numa sessão em que estiveram também presentes a ministra da Educação, Isabel Alçada, e o presidente do Turismo de Portugal, Luís Patrão.

A Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa nasceu de um trabalho de recuperação da antiga Escola Industrial Machado de Castro, em Campo de Ourique, ocupa cerca de dez mil metros quadrados, está equipada com modernas tecnologias e tem cerca de 300 alunos.

A partir do próximo ano lectivo, esta escola terá um hotel de aplicação destinado ao aprofundamento da formação prática, dispondo de 19 quartos.

«Foi um erro no passado, logo a seguir à revolução, a desvalorização dos cursos profissionais, que o país pagou com o abandono escolar e com prejuízos na economia», afirmou o primeiro-ministro na sua intervenção, em que fez o elogio do ensino profissional.

De acordo com Sócrates, desde 2005, está assistir-se a uma «dupla mudança», havendo de forma crescente mais alunos na escola e melhorias no combate ao abandono escolar.

«O ensino profissional é fundamental para os nossos jovens que procuram uma educação mais centrada nas obrigações existentes ao nível do mercado de trabalho», defendeu o líder do Executivo.

Sócrates fez ainda o elogio da nova escola, dizendo que há três anos atrás, quando visitou o antigo edifício, «nem havia projecto» de reabilitação arquitectónica.

«Três anos depois aqui estamos com uma escola moderna, com um projecto de arquitectura bem sucedido e com uma escola que oferece o melhor que existe em termos de tecnologias de informação e comunicação e que é um orgulho para o país», declarou.

Já a ministra da Educação e o presidente do Turismo de Portugal salientaram a ideia de a escola ter nascido de um trabalho de «cooperação institucional entre os ministérios da Educação e da Economia».

Isabel Alçada referiu que a escola tem também um centro novas oportunidades, um dos 455 existentes no país e que «estão a transformar o panorama da educação em Portugal».

Luís Patrão sublinhou que o Turismo de Portugal nasceu da fusão de cinco entidades no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central (PRACE).

«Uma das componentes mais nobres do Turismo de Portugal é a área da formação e da qualificação profissional. Neste momento, temos já uma rede de 36 escolas espalhadas pelo país», afirmou.

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