quarta-feira, 16 de junho de 2010

Quase 65% dos desempregados admite procurar trabalho lá fora



Os portugueses estão mais receptivos a arriscar. Quando está em causa arranjar emprego, são várias as hipóteses equacionadas: mudar de cidade, de país ou de área profissional. Tudo em nome de uma vida melhor. A empresa Hays inquiriu 3.800 pessoas e concluiu que 64,3% dos desempregados que entraram nesta análise admitem vir a trabalhar noutro país.

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A percentagem sobe para 84% quando a deslocalização acontece em território nacional e se a proposta se revelar aliciante. Mas mesmo quem já trabalha, não coloca de lado a hipótese de emigrar por questões de trabalho, o que acontece com 69,6% dos profissionais inquiridos. Já dentro de portas, os números são mais reveladores, já que 84,6% não se importariam de mudar de região para trabalhar.

«Esta última hipótese registou mesmo um aumento de quase 2% relativamente ao ano anterior, o que pode indicar uma maior abertura e flexibilidade dos profissionais perante a menor oferta do mercado de emprego», explica o estudo. Aqueles que põem de parte este cenário alegam motivos de ordem familiar e pessoal.

Mais de 80% admite mudar de emprego já este ano

Há quem admita mesmo a possibilidade de mudar de emprego já este ano. São 82% dos inquiridos, o que representa uma subida de quase 20%, em relação ao ano passado. São muitos os trabalhadores que querem encontrar ainda em 2010 novos rumos de progressão profissional (33,1%), uma remuneração mais aliciante (21,5%) e maior satisfação pessoal (18,6%).

Só que se mudar de emprego é um risco, por vezes o que se encontra arruína expectativas: 42,5% dos inquiridos «têm de lidar com uma banda salarial abaixo das expectativas iniciais e 20,7% acreditam não possuir as qualificações ou formação adequadas para fazer face aos desafios do novo posto de trabalho».

E há sempre pessoas que acabam por se acomodar ao emprego que possuem, quando as propostas simplesmente não vão de encontro aos seus objectivos. Ou, nos piores casos, porque ficaram de fora dos processos de recrutamento ou porque não passaram das primeiras fases.

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